Até 2030, as montadoras deverão incluir dez itens de segurança obrigatórios para carro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o terceiro país do mundo com maior índice de acidentes de trânsito. Mudar esse cenário é o objetivo dos novo itens de segurança obrigatórios para carro.

Quais são os itens de segurança obrigatórios para carro
A iniciativa de instalar novos itens de segurança nos carros visa reduzir os riscos de morte para condutores e passageiros.

O programa Rota 2030 estabeleceu a obrigatoriedade de dez componentes de segurança para automóveis. São eles:
- luzes de rodagem diurna;
- alerta de colisão;
- sistema eletrônico de controle de estabilidade;
- câmeras de ré ou sensores de aviso sonoro;
- alerta para cinto de segurança desafivelado;
- proteção de impacto lateral contra postes;
- proteção de impacto ao pedestre;
- repetidores laterais das luzes de seta;
- proteção contra impactos frontais em utilitários;
- estrutura de proteção para impacto lateral.
Fonte: Auto Papo
Como você notou, a maioria dos novos componentes de segurança até 2030 tem um toque de tecnologia. Com a inovação em segurança no mercado de automóveis, eles serão essenciais na prevenção de batidas e até mesmo de atropelamentos.
Apesar de sua inegável importância, o que preocupa os motoristas é o custo adicional nesses pacotes de segurança.
Alta nos valores dos carros
Sabemos da importância dos itens de segurança obrigatórios. Contudo, o que assusta montadoras e compradores é o aumento no preço dos automóveis.
✓ Saiba mais:
De acordo com Jairo de Lima Souza, professor do curso de Engenharia Mecânica da FEI, o custo desses componentes de segurança para automóveis ainda é muito alto.

Por exemplo, considere um Fiat Mobi Like, um dos carros mais baratos do país (R$ 65.890). Para incluir o controle de estabilidade e mais um dos itens de segurança obrigatórios para carro, o condutor precisa acrescentar R$ 697,00.
Nesse sentido, com o acréscimo do pacote completo com os dez novos itens de segurança nos carros, o valor seria fora do orçamento. Principalmente, a situação econômica do Brasil.
“Esses sistemas eletrônicos embarcados são ferramentas extremamente eficientes para essas situações de trânsito e também a possibilidade de atropelamentos. O problema é que a pesquisa e o desenvolvimento tiveram um custo, sem falar que a maioria dos dispositivos é importada e tudo precisa ser homologado. É natural que haja um custo embarcado”, afirma o especialista Jairo de Lima Souza.
Um pouco de otimismo
É certo que os itens de segurança obrigatórios são essenciais para reduzir o número de mortes nas estradas brasileiras. Por isso, as montadoras adotaram a estratégia de incluir os componentes aos poucos até 2024. Assim, não haverá uma alta brusca nos valores de carros no país.
✓ Confira também:

Além disso, existem versões mais otimistas. Por exemplo, o ponto de vista de Ricardo Bacellar, consultor automotivo. O especialista declara que as indústrias automotivas já estão em preparação para minimizar os impactos financeiros dos novos itens de obrigatórios para segurança.
“Um exemplo que está muito próximo de nós é o celular: quando é lançado um novo, o preço está nas alturas, a medida que o tempo vai passando, o preço vai diminuindo. Assim acontecerá com esses itens. A tecnologia vai barateando? A indústria está fazendo todos os esforços possíveis e imagináveis para reduzir o impacto desses itens no preço dos carros“, afirma o especialista.